“Elisa y Marcela”: uma moda que não deveria pegar. Você já assistiu aquele maravilhoso filme da Netflix Elisa y Marcela? Caso não, corre! É simplesmente lindo, o longa conta com uma impressionante poética, todo em preto e branco, retrata a história real do primeiro casamento entre duas mulheres feito pela igreja católica; o fato é que isso se deve por conta de uma delas ter que se travestir de homem, para que a comunhão não levante suspeitas e elas possam viver em paz, E CASADAS! A notícia que me chamou atenção, que na real é a razão do post, é a história de Enriqueta Favez, uma mulher que muda sua identidade para estudar em uma universidade de medicina e casa-se com outra mulher.

Depois que seu marido morre na guerra, Enriqueta assume sua identidade, estuda medicina na Universidade de Paris, uma profissão que na época era destinada exclusivamente a homens, indo exercer sua profissão em Cuba, sendo assim a primeira mulher médica da América Latina nos anos de 1800.
 
Favez casa-se com Juana de León, virando as primeiras mulheres que se casam com a benção da igreja católica em toda a hispanoamérica. A história não tem um final feliz, porque a própria Juana denuncia Favez (talvez por medo, pois estavam descobrindo o segredo da esposa), que migra para terras estadunidenses após ir aos tribunais.
 
Aqui temos um fato sobre a sexualidade e feminismo. Favez também não foi a única a mudar de identidade para estudar e exercer medicina no século 19, assim como também não foi a única a fazer isso e conseguir se casar com outra mulher na igreja, “Elisa y Marcela” está aí para nos provar. A irlandesa Margaret Ann Bulkley também se vestiu de homem para cursar Medicina em Edimburgo, na Escócia. Uma doideira que nunca deveria ser fazer necessária, o direto tem que estar em exercer profissões e se casar com que quiser.
 
Caso queira a história mais completa de Enriqueta, a notícia toda se encontra no BBC, pelo link https://www.bbc.com/portuguese/internacional-43369635 

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